A calvície deve ser encarada como doença?
Conheça os tipos de calvície e saiba mais sobre essa condição autoimune que afeta tanto homens quanto mulheres
Toda mulher fica louca quando percebe que seus cabelos estão caindo, e isso ocorre mesmo quando a quantidade de fios que caem é uma quantidade normal.
Geralmente relacionada ao sexo masculino e quase nunca tratada com a seriedade que merece, a calvície não é mais um problema só dos homens, e está cada vez mais afetando mulheres no mundo todo, inclusive as mais jovens.
Os primeiros sinais do problema costumam aparecer entre 20 e 25 anos em ambos os sexos. O chefe do setor de dermatologia do Hospital Israelita Albert Einstein, Mário Grinblat destaca que:
“Pequenas quedas de cabelo são normais em certas doenças sistêmicas ou em casos de distúrbios psiquiátricos ou até mesmo em pacientes com oleosidade excessiva da pele, o que inclui o couro cabeludo”.
Além disso, relatórios do FDA (Food and Drug Administration) apontam que mais de 20 milhões de mulheres nos Estados Unidos possuem calvície.
Por outro lado, no Brasil, aonde não há estudos sobre o tema, especialistas estimam uma proporção semelhante, ou seja, aproximadamente 15% do público feminino.
Segundo a Dra. Daniela Bornea, Farmacêutica e Bioquímica formada pela USP e Diretora Técnica da Madarrô Cosméticos, “alopecia, conhecida popularmente como calvície, significa ausência ou diminuição dos pelos”, e pode ser classificada de várias formas.
Tipos de alopecia
Androgenética: a mais comum entre as alopecias, está relacionada a fatores genéticos, distúrbios hormonais ou pós-parto, estresse e processos infecciosos. Ocorre nos dois sexos.
Areata: acredita-se que este tipo de alopecia seja causado por motivos emocionais e autoimunes, e a aplicação tópica de esteróides pode ser usada como opção de tratamento.
Alopecia induzida: causada por estresse.
Tração: Este tipo de alopecia é causada com a constante tração intensa em penteados, como as famosas trancinhas afro e rabos de cavalo. Inicialmente é tratável, mas pode se tornar irreversível.
• Quimioterapia: também pode causar alopecia, porém temporária. O novo cabelo pode apresentar formato, volume e cores diferentes.
“A manipulação inadequada de cosméticos e produtos de beleza também pode representar um fator agravante à calvície”, explica Grinblat.
O que gera calvície?
Ainda não existe uma causa específica que seja comprovada pela ciência sobre a calvície. Por isso, os tipos apresentados anteriormente são os possíveis motivos.
Além disso, ainda com tais circunstâncias é difícil realizar o diagnóstico preciso. Como resultado, o histórico do paciente é a principal ferramenta.
Tem cura para a calvície?
Ainda não existe cura para a calvície. Porém, sabe-se que ela está relacionada ao níveo de testosterona no corpo, o que justifica que os homens sejam os mais prejudicados pela condição.
Por outro lado, existe diversos tipos de tratamentos que pode reverter o quadro por tempo determinado.
É possível reverter a calvície?
Em alguns casos, sim. Com o avanço das tecnologias estéticas e farmacêuticas, atualmente existe uma série de tratamento específicos para tratar a calvície.
Porém, é importante destacar que o tratamento pode ser diferente entre homens e mulheres. No geral, dermatologistas costumam utilizar medicamentos como primeira forma de tratamento.
Caso não haja reparação, é necessário investir em técnicas mais invasivas.
A calvície é uma condição autoimune que afeta tanto homens quanto mulheres. Além disso, não há cura mas pode ser tratada.
Por isso, é importante que aos primeiros sinais de queda excessiva de cabelo ou ao notar que os fios estão mais ralos do que o normal a pessoa procure um médico dermatologista.
Como resultado, após avaliação, ele poderá avaliar qual o melhor tratamento para o caso.