O que é PIX? Novo meio de pagamentos instantâneos
No inicio do ano o Banco Central anunciou o chamado Pix, meio de pagamentos instantâneos que permitirá a realização de transferências e pagamentos em até dez segundos.
Mas o que é o PIX?
O Pix é uma novo meio de pagamentos para fazer transferências e pagamentos de forma rápida, sem esperar dias para que o pagamento “caia” na conta. Essas transações serão completadas em até dez segundos.
Outro diferencial é o valor das taxas, hoje, transferências entre contas bancárias de diferentes instituições são feitas através de TEDs e DOCs. Pagamentos de contas são feitos por boletos, transações físicas, por cartões e com dinheiro vivo.
Essas operações eletrônicas podem levar dias e muitas delas acabam custando caro, em algumas instituições chegam a cobrar mais de R$20 por TED. E o dinheiro vivo pode representar um risco maior tanto para o pagador quanto para o recebedor.
Hoje, existem as seguintes possibilidade para enviar dinheiro para pessoas com contas em outras instituições:
TED (Transferência Eletrônica Disponível): o dinheiro enviado a outra instituição será creditado na conta de destino até as 17 horas daquele mesmo dia; não existe valor mínimo a ser transferido e valores superiores a R$ 5 mil podem ser enviados;
DOC (Documento de Ordem de Crédito): o dinheiro cai na conta de destino no dia seguinte, mas pode levar mais de um dia útil caso a transferência seja feita após as 22h; além disso, o valor máximo que pode ser transferido por DOC é de R$ 4.999,99.
TED e DOC funcionam somente em dias úteis. Transferências feitas em finais de semana ou feriados nacionais, portanto, são completadas somente no dia útil seguinte, podendo levar dias para ser finalizada.
Em relação à pagamentos, eles podem ser feitos por boletos ou, presencialmente, usando o cartão de débito. No caso do boleto, também existem restrições de dias para fazer o pagamento e de usos e, para quem o emite, existe um custo. O Pix será uma alternativa a esses meios de pagamento já existentes.
Além de poder transferir dinheiro para outras pessoas, será possível também fazer pagamentos a estabelecimentos usando o Pix.
O Pix passa a ser uma alternativa para transferir e fazer pagamentos de forma rápida e barata para usuários pessoa física, ele será totalmente gratuito. Para as instituições financeiras que oferecem o Pix, o custo é de R$ 0,01 a cada 10 transações.
O Pix começa a funcionar oficialmente no dia 3 de novembro e todos os bancos e fintechs com mais de 500 mil contas ativas deverão se adequar, até esta data, para oferecer e receber o serviço. A partir do dia 16 de novembro, ele estará em pleno funcionamento.
Como se cadastrar?
O cadastramento começa em 5 de outubro, mas vários bancos já estão fazendo o pré-cadastro, que deve ser realizado pelo site ou aplicativo da própria instituição bancária.
O que é a Chave PIX?
É a ‘identificação’ do usuário no sistema. A chave pode ser:
Um e-mail;
Número do CPF;
Número de telefone ou;
Um código de números e letras aleatório chamado EVP.
Cada conta pode ter até cinco chaves diferentes destinadas a ela. O inverso também é possível: Clientes podem ativar o PIX para diferentes contas de bancos que possua, mas é necessário usar diferentes chaves para cada conta.
Posso usar uma mesma chave para vários bancos?
A pessoa física pode ter chaves em mais de uma instituição bancária, mas só pode ter uma modalidade por instituição. Se cadastrar o CPF em um determinado banco, por exemplo, ele só pode ser usado como chave naquele banco.
O cliente que tiver conta em mais de um banco deverá cadastrar uma chave PIX para cada um deles. Por exemplo: no banco A, o cliente cadastra o CPF; no banco B, cadastra o número de celular, e assim por diante.
Como fazer uma transferência, compra ou pagamento usando o PIX?
O uso poderá ser feito das seguintes formas:
Pela “chave de endereçamento” E-mail, números de CPF ou CNPJ, número de celular ou código de números e letras aleatório chamado EVP;
Por um link gerado pelo celular ou;
Por leitura de QR Code.
O pagador poderá fazer a operação inserindo a chave do recebedor, usando um link gerado pelo celular ou fazendo a leitura de QR Code. No comércio, por exemplo, o vendedor poderá gerar um QR Code, que o comprador vai ‘ler’ e pagar diretamente.
Por enquanto, os pagamentos dependem de internet para serem realizados. Está prevista para 2021 uma forma de pagamento offline. Futuramente também será implementado também o “saque PIX”, em que o recebedor poderá fazer saques em redes varejistas.
É preciso ser cliente de um banco?
O PIX estará disponível para quem tem conta em banco, mas instituições financeiras e fintechs também poderão ofertar a modalidade aos seus clientes. Para usar o serviço, bastará ter uma conta corrente, conta poupança ou uma carteira digital com cadastro no PIX. A opção estará dentro do aplicativo bancário e no internet banking do cliente.
Sou obrigado a aderir ao Pix?
Não, ninguém é obrigado. Mas pelas vantagens de tempo e de custo, faz todo o sentido aderir ao Pix.